
Ando às voltas com a morte. Ela tem rondado pessoas próximas ou, pelo menos, conhecidas. Algumas vezes, mais do que rondado, a morte as tem levado para não sei aonde. Quando elas se vão, todos a sua volta, invariavelmente, ou reclamam o quanto ela é injusta ou, resignadas, elogiam a resiliência do moribundo. “Lutou até o fim”, dizem uns tantos. “Nem reclamou”, dizem outros. Quem morreu, de repente, se transforma em herói ou mártir. Só é lembrado pelos grandes feitos, pelo caráter irreprovável ou, no mínimo, como alguém bom o suficiente para não merecer ter sido levado tão cedo. O conceito de cedo varia de 20 a 90 anos. Parece que sempre é cedo para morrer.
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