Quando eu tinha uns 12, 13 anos, jogava vôlei no time da escola e usava minha faixa de capitão para atrair as gatinhas. O problema é que as garotas da minha idade só queriam saber dos garotos mais velhos, com seus 15, 16 anos. A diferença de idade era pouca, mas eles já eram quase homens, com suas barbas crescendo e seus feromônios à flor da pele. E quando eu finalmente cheguei na idade deles, as garotas da minha turma continuaram dando bola para os caras mais velhos. E as meninas de 12, 13 anos? Eu já não jogava mais vôlei e, bem, eu estava de olho mesmo é nas garotas mais velhas que, aparentemente, já haviam se iniciado no sexo a dois e, quem sabe, poderiam fazer o mesmo comigo.

Tenho uma tese meio simplista sobre a idade. Pelas minhas contas, nós homens estamos uns 5, 6 anos atrasados em relação às mulheres. Talvez seja por isso que acabei casando com uma mulher 5 anos mais nova do que eu. Só que essa tese nem sempre funciona. Conheço muitos homens e mulheres que não estão nem aí para ela. Homens mais novos que se relacionam com mulheres mais velhas, e mulheres mais novas com homens mais velhos. E a diferença de idade entre eles parece não fazer a menor diferença.

Sabe o que faz mesmo a diferença? É a diferença de maturidade. Se o cara só quer saber de bola – pois é, têm alguns homens que nunca amadurecem – e você já pensa em filhos… Houston, we have a problem! Se você resolver viver a vida do garotão, só para não perdê-lo, então, é uma crônica da morte anunciada. Sabe por que? Porque ser algo que você não é dificilmente é sustentável. Uma hora, o castelo de areia acaba ruindo.

A farsa só funciona no teatro, no cinema, na televisão, enfim, em obras de ficção. E mesmo assim, também tem vida curta.

Agora, se você é um homem maduro e, mesmo assim, ainda preserva um lado adolescente, sedento por aventuras e emoções fortes, não se intimide: saia com a gatinha que você sonhava em seus tempos de garoto. Realizar sonhos, mesmo que seja por pouco tempo, definitivamente, valem à pena, em qualquer idade.