Por uma questão biológica, a voz feminina é mais suave e, em muitos casos, dotada de um timbre mais agudo do que a voz masculina. Sons muito agudos em uma intensidade e frequência muito altas podem ser prejudiciais à saúde. Em outras palavras, uma mulher gritando em nossos ouvidos tem um poder destrutivo razoável, mas talvez não o suficiente para los levar à beira de um ataque de nervos.

No cinema, a espionagem, normalmente, é cheia de glamour, tanto é que o espião mais famoso do mundo usa e abusa de charme para dar a essa profissão um status de sofisticação e aventura. Na vida real, no entanto, espionagem costuma ser crime, o que significa que as mulheres que gostam de bisbilhotar em carteiras e extratos de cartões de crédito alheios correm o risco de não apenas perder o companheiro como também ir para o xadrez. Pode levar a mulher à cadeia, mas nem sempre consegue a proeza de nos tirar do sério.

Seria então essa necessidade de discutir a relação ao menor sinal de apatia? Ou o fato de adorar comentar com as amigas detalhes de nossa anatomia e desempenho na cama?

Eu diria que nada disso consegue, isoladamente, nos levar a um ataque de nervos. Talvez seja o conjunto da obra, porque não há quem sobreviva a um ataque coordenado de ingredientes irritantes! Ou, mais possivelmente, qualquer um desses atos colocados no momento errado.

Por exemplo, você que é mulher já pensou que seu companheiro, como muitos homens, pode ser apaixonado por futebol e, portanto, o fato de ridicularizar essa fixação na frente de amigos pode ser uma péssima idéia? O exemplo do futebol é muito útil, na medida em que, por meio de pesquisas informais, descobri que essa parece ser uma coisa que, definitivamente, irrita à maioria das mulheres. Seria, então, ciúme de nosso amor, às vezes, incondicional, ao dito cujo?

E discutir a relação tem hora e local certos para acontecer. Discutir ao telefone, por exemplo, não costuma ser algo recomendável, na medida em que não se tem o recurso do olho no olho para acompanhar percepções e reações. Porque quando decidimos estar com alguém em harmonia, é importante saber que precisamos fazer concessões… o tempo todo! Não que isso signifique que precisemos nos anular para ficar bem com o outro. Isso apenas significa que será preciso aprender a conviver, ou seja, viver em comum, algo só possível quando conhecemos os pontos "hipersensíveis" do outro e aprendemos que acioná-los acaba funcionando como uma arma contra nós mesmos.