Como você percebe, as emoções e os atos na relação com o(a) seu(sua) parceiro(a), com os outros ou em sua relação com o mundo externo em geral?
Nos relacionamos, amamos, sofremos, sentimos em razão e através dos canais de percepção sensorial existentes em quase todos nós como a audição, a visão, o olfato, o tato e o paladar e, é claro, pela combinação de todos eles.
A neurolinguística classifica esses canais como auditivo, visual e cinestésico; este último compreende os sentidos do paladar, do olfato, do tato e também as emoções. A diferença é que temos maior ou menor sensibilidade em uma ou outra forma de percepção e também em momentos variados de nossas vidas, isto é, ora estamos mais cinestésicos, ora mais visuais, ora auditivos.
Resumidamente:
Visuais são pessoas que reagem rapidamente aos estímulos visuais e retém as informações mais facilmente ao visualizá-las. Percebem o todo pela imagem. Precisam ver. Suas frases: “Olha isso!” “Eu nem vi, me mostra?”.
Auditivos captam melhor as informações através do que ouvem no ambiente à sua volta. Costumam falar sozinhos, organizando seus pensamentos. Precisam ouvir. Suas frases: “Ouviu isso?” “O que tem a me dizer?”.
Cinestésicos percebem seu entorno através dos sentidos. Muito mais atentos às sensações do que às imagens e ruídos. Precisam ‘sentir’ o ambiente. Suas frases: “Isso não me cheira bem!” ”Nem me toquei disso!”.
Agora vamos lá para onde quero chegar… Como é seu relacionamento com seu parceiro(a)? Histórias de brigas e desentendimentos podem ter origem numa simples e natural forma de captar uma informação. Por exemplo: Ele, predominantemente visual, chega com flores, bombons e um cartão dizendo que a ama. Ela, muito mais auditiva, se lamenta à amiga: “Acho que ele não me ama realmente! Sempre me dá flores, mas não diz palavras de amor no meu ouvido.”
Ou a cinestésica: “Acho que ele não me ama porque, apesar de me dar flores e cartões, ele não me abraça ao dizer que me ama e nem repara no meu perfume, que passo especialmente para ele”. A reação dele, o visual: “Acho que ela não me ama, porque, embora eu lhe dê sempre presentes e flores, ela não retribui, vive me abraçando e dizendo que me ama mas não demonstra; raro me prepara um jantar”.
E por aí vai. É claro que pode haver e até há algum exagero nisso, mas a intenção é a de observarmos o quanto as nossas relações podem estar em sintonias dissonantes durante a comunicação. Para que esses ‘mal-entendidos’ aconteçam menos, talvez seja necessário estarmos atentos às necessidades de nossos parceiros e também às nossas e abertos às demonstrações de carinho da forma como o outro entende, que pode não ser aquela que precisamos ou gostaríamos. Se entendermos a intenção, aceitaremos melhor, e talvez tenhamos mais instrumentos para dar e argumentos para pedir aquela atenção que nos é mais significativa, explicando que aquilo é importante para nós, embora para o(a) parceiro(a) não seja tanto.
Hoje em dia percebo na maioria dos relacionamentos uma certa falta de entrosamento, de sentimento, de ser verdadeiro, de expressar a verdade, acho que o que falta é a entrega, grande beijo
Ana