Não tem jeito: a gente enxerga no outro aquilo que consegue enxergar em nós mesmos. A gente pode até não querer tomar consciência desse processo, mas que ele existe, existe. Por isso, talvez esteja na hora de fazer uma lista com as coisas que você mais admira nela. Além de ser uma ótima maneira de reforçar seu relacionamento, há uma grande chance de fazer grandes descobertas – sobre ela e sobre você.
Eu, por exemplo, admiro as seguintes coisas em minha esposa:
Ela tem uma habilidade incrível para tocar várias tarefas ao mesmo tempo. E fazer bem feito. Sempre me pergunto como as mulheres conseguem essa proeza… Já li que é uma questão biológica, o que me dá um certo alívio quando percebo que duas coisas ao mesmo tempo já é o suficiente para me perder.
O jeito que ela fala com as pessoas é doce, didático, paciente. Há mais do que simplesmente um sistema de controle emocional; ela faz isso com naturalidade, como parte de sua natureza.
Ela consegue ser uma mãe muito carinhosa e disponível, ao mesmo tempo em que se coloca como uma profissional altamente competitiva e uma amante incrível, num exemplo claro de que a dualidade é, de fato, uma ilusão.
Ela é altamente sociável sem precisar de muito esforço. Faz amigos com facilidade e, contrariando Nelson Rodrigues, é uma unanimidade, querida por todos.
Sabe aquela frase “sou brasileiro e não desisto nunca”? Pois é, cabe muito bem a minha esposa. Ela está com quase 40 anos – vou me dar mal com esta frase…rs -, mas nunca a vi parada, sem estudar, sem procurar se aperfeiçoar. Há um otimismo nela que é visivelmente contagiante.
Admiro também – e muito – sua sensibilidade, sua capacidade de expressar sentimentos, seus medos e fragilidades, se colocando de maneira íntegra na relação.
Admiro sua cumplicidade, seu companheirismo, sua amizade, sua paixão.
E espero fazer outras listas como esta, para que eu nunca me esqueça da riqueza que é ter uma parceria de alto nível com uma mulher.
Gostei do texto.