Eu quero! Quero o prazer da comida, mas também quero o prazer da transa!
Costumo dizer que sou um degustador voraz de todo o tipo de comida que aparece na frente, de tão curioso por experimentar aromas e sabores novos, mas isso não significa que o prazer de comer seja maior do que o de fazer sexo. Eles são apenas diferentes.
Por mais que possamos nos sentar à mesa com várias pessoas, o prazer de comer será sempre um ato solitário, sentido individualmente. O máximo que podemos fazer é compartilhar verbalmente com o outro o que sentimos ao saborear a comida. Trocamos impressões usando nossos cérebros, mas não trocamos fluidos nem transmitimos sensações uns aos outros por meio de nossos corpos.
Já o sexo pode até ser solitário – não há nada de errado com isso -, mas ele também pode ser um ato a dois ou a três ou com quantas pessoas ao mesmo tempo você desejar – e também não há nada de errado com isso. E ele pode ser feito tanto pelo bebê com o bico do seio, o que é prazeroso não só para ele como também para a mãe – e, mais uma vez, não há nada de errado com isso – quanto por dois adolescentes se descobrindo em sua primeira vez ou ainda por um casal de idosos trocando carícias depois de meio século de convivência.
Definitivamente, não há idade para o sexo.
Para o bebê, o sexo está relacionado a saciar sua fome; para o adolescente em sua explosão de hormônios, o sexo é sinônimo de ereção e penetração; para o casal maduro, ele é carinho; para o solitário, é conforto; para a ninfomaníaca, é vício; para qualquer pessoa, de que idade, cor, classe ou estado civil for, sexo faz parte da vida – a vida de cada um, que cada um vive a sua maneira e, por isso, não há nem idade para o sexo nem um jeito de fazê-lo que possa ser considerado comum pra todo mundo.
Por isso, se você se achar jovem demais ou velho demais para o sexo, lembre-se de que você já nasceu pronto para ele, o que quer que ele seja pra você – seja um beijo, um toque ou um ato selvagem, sexo é o que lhe dá prazer e o une tanto ao animal, que faz sexo por instinto, quanto ao espírito, que faz sexo para fazer contato com o divino.
“Interesante algumas abordagens do autor,com ressalvas ,uma vez que o mesmo faz
corpo com a visão pansexuallista de Freud.”
Abraços.